A Origem da Palavra “Curimba” e o Papel dos Curimbeiros na Umbanda
Curiosidade Linguística: A Origem da Palavra “Curimba” e o Papel dos Curimbeiros na Umbanda
A palavra “Curimba”, tão presente nos terreiros de Umbanda, tem origem na língua Kimbundu, de Angola. Ela vem do verbo Kwimba, que significa “cantar”. Quando retiramos o prefixo “KW”, surge imba, forma usada no modo imperativo — um convite para a ação: “Imba ni eme!”, ou seja, “Cante comigo!”.
Com o tempo, o termo Curimba atravessou o Atlântico e ganhou novos significados no Brasil, tornando-se sinônimo dos cantos e toques sagrados entoados nas giras de Umbanda. Mas a palavra também passou a designar algo ainda mais especial: o ofício dos Curimbeiros — os tocadores de atabaque, guardiões do ritmo, do axé e da vibração espiritual do terreiro.
O Curimbeiro não apenas toca: ele reza com as mãos, invoca as forças divinas pelos tambores e mantém viva a tradição ancestral que nasceu com o verbo Kwimba. Cada batida é um chamado, cada toque é uma prece, cada som é uma ponte entre o mundo material e o espiritual.
Assim, entender a origem da palavra Curimba é reconhecer que, quando um Curimbeiro toca, ele não apenas faz música — ele desperta memórias de um povo que canta, toca e vive através da fé.
Kwimba é cantar. Curimbar é fazer o tambor falar.

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